O presente trabalho teve como objetivos fazer um levantamento das áreas encefálicas com prevalência do cisticerco, através de 58 imagens de tomografia computadorizada do Banco de Neuroimagens do Departamento de Anatomia (DANAT) da Universidade Federal do Paraná, de pacientes acometidos pela neurocisticercose e uma breve revisão da literatura. Utilizamos como critério de busca os principais bancos de dados indexadores de periódicos, nacional e internacional, como PubMed (MESH), LILACS, IBICT, MedLine, SciELO, Periódico CAPES, DEDALUS USP, Medwebplus, e principais órgãos de Saúde Pública como Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Saúde do Paraná e OMS (Organização Mundial da Saúde), para levantamento de ocorrência da neurocisticercose no Brasil. A neurocisticercose (NCC) é considerada pela OMS uma doença negligenciada. No Brasil, a NCC é considerada pelo Ministério da Saúde (MS) uma doença negligenciada e a determinação da sua prevalência no país é complexa, pois não há notificações na maioria dos estados brasileiros. A parasitose é causada pela ingestão de ovos viáveis da Taenia solium. No ser humano os ovos dão origem ao cisticerco que tem preferência pelo sistema nervoso central (SNC), principalmente pelas regiões encefálicas. No SNC, o cisticerco causa inflamações e, posteriormente, ocorre sua calcificação que pode ser observada claramente através do diagnóstico por neuroimagem. Suas manifestações clínicas são extremamente variadas dependendo de fatores como o número de cisticercos, locais de implantação, fase evolutiva do cisto e imunidade do hospedeiro. A NCC é uma doença que pode permanecer silenciosa por muitos anos e, depois de um período de tempo indeterminado, apresentar sintomas como cefaléia, convulsões, distúrbios psíquicos, aracnoidite, arritmia cerebral e hipertensão intracraniana. O tratamento para NCC depende da localização do cisticerco no encéfalo. Nesse trabalho foram encontrados através das 58 imagens de tomografia computadoriza um grande número de cisticercos em diferentes regiões encefálicas. As regiões encefálicas com maior prevalência de cisticercos foram: lobo frontal, temporal, occiptal, plexo coróide e espaço subdural. E as regiões encefálicas com menor prevelência de cisticercos foram: olho, ínsula, ventrículo lateral, III ventrículo, tálamo e joelho da cápsula interna.