AVALIAÇÃO DAS METODOLOGIAS IN VIVO E IN VITRO NA DETERMINAÇÃO DA DIGESTIBILIDADE DA PROTEÍNA BRUTA EM DIETAS PARA CÃES

Aluno de Iniciação Científica: Lidiane Priscila Domingues (PIBIT/UFPR-TN)

Curso: Zootecnia (MT)

Orientador: Simone Gisele de Oliveira

Co-Orientador: Alex Maiorka

Colaborador: Tatiane Aparecida Ramos, Carolina Pedro Zanatta, Daniele Cristina de Lima

Departamento: Zootecnia

Setor: Ciências Agrárias

Palavras-chave: Digestibilidade, Proteína, Cães

Área de Conhecimento: 50403028 - AVALIAÇÃO DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS

O conhecimento da digestibilidade dos nutrientes na formulação de rações é ponto importante quando se almeja sucesso no crescimento dos animais, além de permitir resultados com melhor sustentabilidade ambiental. Os métodos in vivo para determinação de digestibilidade são amplamente utilizados por apresentar alta confiabilidade nos resultados. No entanto, representam custo elevado e exigem maior tempo para sua execução. O método in vitro surge então como importante ferramenta, contendo normalmente boa correlação com dados in vivo, além de ser prático e de rápida execução. Nesse contexto, foram realizados dois experimentos com o objetivo de avaliar a digestibilidade de dietas contendo crescentes níveis de farinha de vísceras de aves (FVA), procurando determinar qual o melhor tempo de incubação das dietas na metodologia in vitro, e correlacionar os dados obtidos in vivo e in vitro. O ensaio in vivo foi realizado utilizando 18 cães da raça Beagle, distribuídos em delineamento Inteiramente Casualizado com três tratamentos (14%, 26% e 38% de inclusão de FVA), totalizando 6 repetições por tratamento. As médias obtidas foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. No ensaio in vitro as mesmas dietas foram avaliadas através da metodologia de solubilidade em pepsina. Foi adotado o delineamento inteiramente casualisado, com três repetições por tratamento. A concentração de pepsina usada no método foi de 0,02% e os tempos de incubação avaliados foram de 12, 14, 16, 18 e 20 horas. Houve efeito da concentração de FVA (p< 0,05) sobre a digestibilidade in vivo da proteína bruta (CDAPB), sendo que a dieta contendo 26% de FVA mostrou maior CDAPB (84,02%), seguida pela inclusão de 14% (83,04%) e 38% (81,53%). Para as análises in vitro, não houve efeito de tempo (P>0,05) sobre a digestibilidade das dietas com diferentes níveis de FVA, indicando que quaisquer períodos de incubação testados podem ser usados nessa metodologia. Os dados obtidos por meio da metodologia in vitro não representaram de forma adequada os dados obtidos in vivo, encontrando valores de 17,23%, 16,75% e 16,08% para as dietas com inclusão de 14%, 26% e 38% de FVA, respectivamente. Não foi observada correlação entre os dados de digestibilidade in vivo e in vitro. Isso se deve, possivelmente, pelo fato de que a metodologia de solubilidade em pepsina é um método mais adequado para mensuração da digestibilidades em farinhas de origem animal, não se aplicando, de acordo com os resultados encontrados, a misturas de ingredientes de origem animal e vegetal, como no presente trabalho.

 

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