DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL ENERGÉTICO DA MICHELIA CHAMPACA, VIBURNUM ODORATISSIMUM E JASMINUM MESNYI PARA O USO POTENCIAL EM CORTINAS DE SEGURANÇA

Aluno de Iniciação Científica: Rafaela de Assunção (PIBIT/CNPq)

Curso: Engenharia Florestal (MT)

Orientador: Antonio Carlos Batista

Co-Orientador: Alexandre França Tetto

Colaborador: Adenise Aparecida Ulchak

Departamento: Ciências Florestais

Setor: Ciências Agrárias

Palavras-chave: Cortina de segurança, Potencial energético, Calorimetria

Área de Conhecimento: 50201085 - PROTEÇÃO FLORESTAL

O fogo causa diversos danos todos os anos, destruindo extensas áreas florestais e colocando em risco a flora, a fauna e o homem. Por isto, a prevenção contra incêndios florestais é de extrema importância. Uma forma de prevenção é a implantação de cortinas de segurança, sendo definidas como faixas de vegetação menos inflamável que a espécie à qual deverá proteger e que tem por objetivo retardar ou impedir a propagação do fogo. Definir uma espécie com potencial para tal uso é difícil, pois diversos fatores são levados em consideração, sendo um dos mais importantes o conhecimento da energia liberada pelo material combustível durante a sua combustão. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial energético das espécies magnólia-amarela (Michelia champaca), viburno (Viburnum odoratissimum) e jasmim-amarelo (Jasminum mesnyi) para o uso em cortinas de segurança. A metodologia de coleta consistiu na retirada de material vegetal (folhas e galhos) menor que 0,7 cm, com o auxílio da tesoura de poda, sendo a seleção do material feita com a utilização do calibrador. Em seguida, o material foi acondicionado em estufa a 75 °C por 48 horas e, posteriormente, triturado até ficar homogêneo, sendo posto novamente em estufa por 24 horas para retirada da umidade adquirida nesta etapa. Esse material foi acondicionado em um recipiente impermeável e transportado até o Laboratório de Análises de Combustíveis Automotivos (LACAUT) da UFPR. Em todas as etapas foram utilizadas luvas para que não houvesse contato direto com o material vegetal. No laboratório, as amostras foram classificadas em peneira ASTM 60 (250 mm) e analisadas conforme a norma ASTM 5685, efetuando os testes de poder calorífico superior em uma bomba calorimétrica isoperibólica LECO AC-500, com 0,3 a 0,4 g de material por análise em triplicata para cada amostra. As análises determinaram o poder calorífico dos materiais, expressos em calorias por grama (cal.g-1). Os dados obtidos foram comparados com as acículas de Pinus taeda (espécie padrão) para se verificar a potencialidade das espécies. Comparado ao material padrão (4701 cal.g-1), o viburno e a magnólia-amarela apresentaram um poder calorífico inferior (4672,7 e 4380,5 cal.g-1, respectivamente), enquanto o jasmim-amarelo apresentou um poder calorífico superior (5092,7 cal.g-1). Considerando que as espécies potenciais devem apresentar potencial energético menor que o material vegetal ao qual irão proteger, apenas o viburno e a magnólia-amarela são indicados como espécies potenciais para o uso em cortinas de segurança.

 

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