APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO PRÓXIMO (NIRS) COMO FERRAMENTA PARA CARACTERIZAR ESPÉCIES DE GRAPHOLITA MOLESTA

Aluno de Iniciação Científica: Anderson Elirio Zanatta (PIBIT/CNPq)

Curso: Agronomia (MT)

Orientador: Lino Bittencourt Monteiro

Co-Orientador: Rosangela Teixeira

Colaborador: Bruno da Silva Pereira

Departamento: Fitotecnia e Fitossanitarismo

Setor: Ciências Agrárias

Palavras-chave: Variabilidade genética, NIRS, Mariposa oriental

Área de Conhecimento: 50102001 - FITOSSANIDADE

A espectroscopia de infravermelho próximo (NIRS) é uma técnica não destrutiva que pode ser aplicada em uma larga faixa de materiais de origem orgânica e inorgânica. Em biologia já foi utilizado como ferramenta taxonômica em distintos taxa, desde vírus até seres mais complexos como plantas. Na entomologia foi utilizado para a identificação de espécies de diferentes gêneros, em análises filogenéticas entre outros. A utilização de insetos de laboratório para estudos fisiológicos, genéticos e toxicológicos tornou-se muito frequente, porém a criação contínua em laboratório por várias gerações sem inserção de material genético silvestre pode reduzir a variabilidade genética, alterar as características fenotípicas e comportamentais da população quando comparada com a população do campo. A técnica de espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS), tem se destacado como método prático, rápido e de baixo custo em relação a outros métodos na diferenciação qualitativa de populações com diferentes origens geográficas. O objetivo deste trabalho foi comparar as populações de G. molesta, uma coletada em 2008 e criadas em laboratório por 36 gerações sem inserção de novos indivíduos e outra silvestre coletada em 2011, por meio da técnica de espectroscopia de infravermelho próximo. Populações de G. molesta foram coletadas em pomar de macieira no Brasil no município de Porto Amazonas (PR) em 2008 e mantidas em dieta artificial especifica para lepidópteros em laboratório, em 2011 foi realizada nova coleta no mesmo quadrante do pomar e imediatamente levados ao laboratório para avaliação no espectrofotômetro BIORAD, com 32 varreduras na faixa de 400 a 7000 nm. Os espectros foram submetidos à análise estatística pelo método de quadrados mínimos parciais (PLS) com auxilio do programa Unscrambler, 9.7. As populações se diferenciaram entre si nos espectros brutos e no mapa fatorial. Os resultados evidenciam a diferenciação fenotípica decorrente principalmente do ambiente e os fatores de seleção a que foram expostos e demonstram a baixa representatividade das populações de laboratório criadas por longo período de tempo em relação às populações silvestres.

 

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