APLICAÇÃO DO PROTOCOLO ELETRÔNICO PARA ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL DOMICILIAR

Aluno de Iniciação Científica: Nayana Cavassim do Nascimento (PIBIT/CNPq)

Curso: Nutrição (MT)

Orientador: Maria Eliana Madalosso Schieferdecker

Co-Orientador: José Simão de Paula Pinto

Colaborador: Gislaine Cutchma, Carlos Kuretzki

Departamento: Nutrição

Setor: Ciências da Saúde

Palavras-chave: Protocolo eletrônico, Terapia nutricional enteral, Atendimento domiciliar

Área de Conhecimento: 40500004 - NUTRIÇÃO

Diante do desenvolvimento de novas tecnologias o uso de papéis na prática médica não atende mais as necessidades vivenciadas na rotina diária. Dados de consultas anotados em papéis podem perder-se com o tempo, além da qualidade dos dados registrados depender de fatores como o preenchimento das informações ser feito de forma legível. O uso da informática na área da saúde surge como ferramenta para auxiliar no momento da consulta e na tomada de decisão. O uso de protocolos eletrônicos faz com que a coleta de dados seja feita de forma padronizada além de reduzir possíveis erros. O protocolo eletrônico desenvolvido para pacientes em terapia nutricional enteral domiciliar do Sistema Integrado de Protocolos Eletrônicos- SINPE© possui uma base de dados completa feita a partir de revisões realizadas na literatura. Diante do objetivo de avaliar a aplicabilidade do protocolo eletrônico e verificar as principais complicações que ocorrem em pacientes em terapia nutricional enteral domiciliar (TNED), foi realizado um estudo retrospectivo a partir de dados obtidos das fichas de acompanhamento do ano de 2009 a 2010 preenchidas pelas nutricionistas das Unidades Básicas de Saúde de Curitiba. Os pacientes avaliados por Schieferdecker no ano de 2008 em seu estudo já estavam cadastrados no SINPE e foram incluídos na pesquisa. A princípio a amostra seria composta de 111 pacientes em TNED, porém foram resgatadas as fichas de somente 87 pacientes. Os dados foram passados para o protocolo eletrônico e os resultados foram analisados por meio do SINPE Analisador©. No total foram realizadas 360 coletas sendo que nos itens e subitens existentes do protocolo eletrônico este número variava conforme a presença ou ausência de dados. Os resultados mostraram que 1003 do total de 1793 itens existentes não foram utilizados correspondendo a 55,94%. Através da opção “itens não usados” observou-se que dentre eles estavam a frequência de consumo alimentar, recordatório 24 horas, algumas circunferências e pregas cutâneas, determinação da compleição e composição corporal. Verificou-se que dentre as complicações decorrentes da nutrição enteral as mais prevalentes foram as gastrointestinais, sendo a obstipação a mais frequente correspondendo a 64% (n= 128). Conclui-se que ao utilizar o protocolo eletrônico muitos itens não foram preenchidos pela ausência de dados nas fichas de acompanhamento. O registro dos dados armazenados no protocolo pode ser útil para o nutricionista proporcionando o maior número de dados a respeito do paciente contribuindo para a tomada de decisão na terapia nutricional.

 

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