NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA: POTENCIAL MARCADOR DE FRAGILIDADE EM IDOSOS

Aluno de Iniciação Científica: Jéssica Rocha Sousa (PIBIT/CNPq)

Curso: Enfermagem (MT)

Orientador: Maria Helena Lenardt

Co-Orientador: Não há co-orientador

Colaborador: Dâmarys Kohlbeck de Melo Neu, Nathalia Hammerschmidt Kolb Carneiro, Susanne Elero Betiolli

Departamento: Enfermagem

Setor: Ciências da Saúde

Palavras-chave: Idoso fragilizado, Atividade física, Enfermagem, Tecnologia em saúde

Área de Conhecimento: 40400000 - ENFERMAGEM

Trata-se de estudo quantitativo transversal, derivado de um projeto de pesquisa maior, intitulado “Efeitos da fragilidade e qualidade de vida relacionada à saúde de idosos da comunidade”. O presente estudo teve como objetivo investigar a prevalência de pré-fragilidade e os fatores associados a essa condição, observando o nível de atividade física em idosos. A investigação foi desenvolvida em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Curitiba-PR, junto à população composta por idosos com idade igual ou superior a 60 anos. Os dados foram coletados no período de setembro de 2011 a janeiro de 2012, por meio de aplicação dos questionários: 1) sociodemográfico e clínico; e 2) nível de atividade física para Idosos – CuritibAtiva. Elegeram-se os seguintes critérios de inclusão: idade igual ou superior a 60 anos; estar cadastrado na UBS de realização da pesquisa; e obter no screening cognitivo pontuação superior ao ponto de corte proposto para o Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Foram critérios de exclusão: apresentar problemas de saúde que inviabilizasse a aplicação dos questionários e a realização do MEEM; e fazer o uso de quimioterápicos no período de coleta de dados. O cálculo amostral foi realizado com base na estimativa da proporção populacional, o que resultou em uma amostra inicial de 203 idosos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, obteve-se amostra final de 195 idosos. Os dados foram analisados no programa EpiInfo versão 6.04, e considerados estatisticamente significativos quando p< 0,05. Os resultados apontaram 30 idosos (15,4%) frágeis, 67 (34,3%) não frágeis e 98 (50,3%) pré-frágeis. No que se refere à atividade física, 73 (37,4%) idosos são frágeis para esse componente. As variáveis significativas foram: faixa etária (p=0,007); uso de medicamentos (p=0,026), entre eles anti-hipertensivos (p=0,025) e anti-inflamatórios (p=0,023); velocidade da marcha (p=0,010); e força de preensão manual (p=0,004). Infere-se que é alta a prevalência de pré-fragilidade indicada pelo nível de atividade física entre os idosos investigados, associada à idade avançada e ao uso de medicamentos. Destaca-se, ainda, a redução da força de preensão manual e da velocidade da marcha como fatores que contribuem diretamente para a redução do nível de atividade física dos idosos, aspecto considerado determinante no processo de envelhecimento. Investigar os fatores associados à pré-fragilidade observando o nível de atividade física instrumentaliza o enfermeiro para intervir preventivamente na saúde dos idosos.

 

1407