VALIDAÇÃO DE UM PERMEÂMETRO DE PAREDE FLEXÍVEL

Aluno de Iniciação Científica: Guilherme Raphael Ribas Ruppel (LACTEC)

Curso: Engenharia Ambiental (MT)

Orientador: Rodrigo Moraes da Silveira

Co-Orientador: Não há.

Colaborador: Marcelo Buras

Departamento: LACTEC

Setor: Tecnologia

Palavras-chave: Condutividade hidráulica, Permeâmetro de parede flexível, Solo-borracha

Área de Conhecimento: 30103037 - MECÂNICA DOS SOLOS

O solo pode ser dividido em três fases que em conjunto apresentam os vazios do solo (partículas sólidas, ar e água). Este fato torna o solo um meio permeável sendo possível o movimento de líquidos através de seus vazios. Darcy (1856) estabeleceu empiricamente uma lei que relaciona a velocidade de descarga de um fluido, através de um meio poroso, com um gradiente hidráulico, em uma relação linear. Essa relação seguia uma constante de proporcionalidade (k), chamada então de condutividade hidráulica. Como, por vezes, tal relação é de suma importância para determinados estudos, é necessário que haja um método para determiná-la. Tais métodos podem ser realizados em campo ou em laboratório. Para sua determinação em laboratório são utilizados permeâmetros. Estes podem ser de parede rígida ou de parede flexível. Os permeâmetros de parede flexível têm certa vantagem quando comparados aos de parede rígida. A possibilidade de saturar a amostra através da aplicação de contrapressão, e o fato de a tensão confinante aplicada na amostra reduzir a possibilidade de existência de fluxo lateral, são algumas destas vantagens. Recentemente foi desenvolvido um permeâmetro de parede flexível no Laboratório de Solos do LACTEC, porém, tal equipamento necessitava uma validação para comprovação dos resultados obtidos. Para tal validação foram realizados ensaios com o mesmo tipo de amostra em permeâmetro distintos, a fim de comparar os resultados obtidos. A partir de ensaios em uma amostra de silte areno argiloso no permeâmetro de parede rígida, obteve-se um coeficiente de condutividade hidráulica (k)  igual a 3,89x10-6 cm/s, enquanto que para o mesmo solo ensaiado em um permeâmetro de parede flexível, obteve-se um valor de k muito semelhante (k=4,62x10-6 cm/s). Como complemento a validação, o equipamento foi utilizado em uma pesquisa  que visava o melhoramento do solo para utilização em cobertura de aterros sanitários. Nesta pesquisa os mesmos ensaios foram realizados. Desta vez, a amostra ensaiada referia-se ao mesmo solo misturado com borracha triturada de pneu (20%). Para a mistura solo-borracha, ensaiada no permeâmetro de parede rígida, obteve-se k=2,10x10-6 cm/s. O valor de k obtido para a mesma mistura ensaiada no permeâmetro de parede flexível foi 4,59x10-6 cm/s. Analisando os resultados obtidos nos ensaios com os diferentes permeâmetros, constatou-se que a diferença entre os resultados de ensaios é negligenciável. Pôde-se concluir que o permeâmetro de parede flexível tem funcionamento eficaz e viável.

 

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