CARACTERIZAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE BACTÉRIAS EM BIOFILMES ADERIDOS À CORPOS DE PROVA METÁLICOS, USINA HIDRELÉTRICA DE TUCURUÍ, TUCURUÍ (PA) – BRASIL

Aluno de Iniciação Científica: Thalita de Oliveira Bastos (LACTEC)

Curso: Ciências Biológicas (M)

Orientador: Marcos Antonio Coelho Berton

Co-Orientador: Ida Chapaval Pimentel, Patricia do Rocio Dalzoto

Colaborador: Carolina Gracia Poitevin, Paulo Roberto Dantas Marangoni

Departamento: LACTEC

Setor: Tecnologia

Palavras-chave: Corrosão, Fungos, Micro-organismos em biofilmes

Área de Conhecimento: 10603026 - ELETROQUÍMICA

A Usina Hidrelétrica de Tucuruí (PA), apresenta importante papel na matriz energética brasileira. Por esse motivo, o estudo dos processos corrosivos envolvendo as estruturas metálicas em contato com a água geradora da energia elétrica é imperativo na manutenção da integridade física da usina. A formação de biofilme envolve a colonização de superfícies por micro-organismos levando ao surgimento de microambientes diferenciados que irão propiciar a biocorrosão. Este processo, também denominado Corrosão Influenciada por Micro-organismos (CIM), pode acelerar os processos eletroquímicos relacionados ao processo de corrosão e dissolução metálica, que ocorrem naturalmente, mas podem ser alterados devido à ação dos metabólitos gerados pelos micro-organismos. O estudo dos eventos relacionados à formação de biofilmes sobre superfícies metálicas mostra-se como uma importante ferramenta para o desenvolvimento de estratégias para o controle do surgimento e evolução da CIM em superfícies metálicas expostas à ação do tempo e principalmente submersas em água, seja ela de origem marinha ou fluvial. Os objetivos desse trabalho foram isolar, quantificar e identificar as bactérias presentes em corpos de prova metálicos (CP’S) instalados em estações de corrosão (Patente de Inovação PI1000751-2) no reservatório da Usina hidrelétrica de Tucuruí (PA) Brasil. Seis coletas foram realizadas (2011-2012) e retirados CP’s com 2 meses de exposição à ação das águas do reservatório. Ainda, foi avaliada a eficiência de agentes de controle microbiológico: Hipoclorito de Cálcio nas coletas 1 a 4; MXD 100 (empresa MAXCLEAN) nas coletas 5 e 6. Foram isolados e caracterizados os principais grupos bacterianos aderidos (sésseis) aos CP’s. Quantificou-se as Unidades Formadoras de Colônias (UFC) por m2 de superfície (bactérias aeróbias e anaeróbias facultativas). O experimento foi inteiramente casualisado e os dados foram analisados por ANOVA seguido de teste Tukey para comparação de médias (p< 0,01) utilizando software ASSISTAT v7.6. Não foi observada diferença significativa no número de UFC/m2 antes e após a aplicação dos agentes de controle. Até o presente momento foram encontradas bactérias das famílias Enterobacteriaceae, Pseudomonadaceae, Micrococcaceae e Bacilliaceae, além de bactérias redutoras de sulfato e oxidantes do ferro. Por meio da caracterização da superfície foi possível determinar os tipos e a quantidade de micro-organismos aderidos sobre o metal, fornecendo assim uma importante ferramenta para o desenvolvimento de estratégias para redução da população séssil.

 

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