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A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO DA DRENAGEM LINFÁTICA DOS ÓRGÃOS ABDOMINOPÉLVICOS

Autores: Luís Guilherme Olbertz
Professores orientadores do projeto: Djanira Aparecida da Luz Veronez
Programa: PVA – Projeto de Voluntariado Acadêmico
Curso: Medicina
Palavras-chave: Sistema linfático; drenagem linfática; órgãos abdominopélvicos

Resumo

O presente trabalho objetiva desenvolver um estudo anatômico descritivo e topográfico da drenagem linfática dos órgãos abdominopélvicos. Serão utilizados quatro cadáveres humanos, dois adultos e dois fetos, de ambos os sexos, fornecidos pelo Departamento de Anatomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os cadáveres, previamente perfundidos com solução de formol a 10% e fenol a 1% serão dissecados na região abdominopélvica até a evidenciação da cisterna do quilo.

Em seguida, serão aplicadas angiotécnicas para contrastar toda cadeia linfática da cavidade abdominopélvica. A drenagem de toda a linfa abdominopélvica se dá basicamente através de três grandes troncos: o tronco intestinal, tronco lombar direito e tronco lombar esquerdo. Destes a linfa flui para a cisterna do quilo, estrutura localizada anteriormente ao corpo da segunda vértebra lombar, do lado direito e posteriormente a parte abdominal da artéria aorta. A partir da cisterna do quilo, a linfa flui para o ducto torácico até drenar no ângulo venoso esquerdo, na junção entre as veias jugular interna e subclávia esquerda.

O sistema linfático é essencial para a manutenção do balanço do fluido tissular, atividade imunológica do organismo e absorção de ácidos graxos no intestino. Atualmente, novas pesquisas sugerem sua participação no metabolismo de lipídios e na regulação da pressão arterial.Constituído por órgãos linfóides, como o baço, timo, tonsilas, medula óssea, linfonodos e capilares, vasos e troncos linfáticos. Os capilares e vasos linfáticos são responsáveis pela drenagem linfática, sendo uma via acessória da circulação sanguinea, permitindo dessa maneira que os líquidos dos espaços intersticiais possam fluir para o sangue sob a forma de linfa. A descrição morfológica e topográfica dos vasos linfáticos existentes nas regiões abdominal e pélvica apresenta-se negligenciada e escassa na literatura devido a grande dificuldade de sua identificação macroscópica.

O sistema linfático está envolvido em muitos processos patológicos, como o linfedema, a linfangioleiomiomatose e, em especial, a metastização tumoral maligna. Seus vasos são a principal rota para a disseminação de tumores, sendo que esta constitui um grande problema no tratamento do câncer, especialmente no que diz respeito aos tumores de mama, pulmão e do trato gastrointestinal. Com relação aos últimos, o conhecimento detalhado da anatomia do sistema linfático abdominal e pélvico constitui-se numa ferramenta de fundamental importância no seu diagnóstico, estadiamento e terapêutica.