A NECESSIDADE DA RENOVAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Aluno de Iniciação Científica: André de Mello Boeira (Pesquisa voluntária)

Curso: Ciência da Computação - Bacharelado (TN)

Orientador: Olga Regina Pereira Bellon

Co-Orientador: ---

Colaborador: Rafael Francisco de Souza Vieira, Diego Mendonça Domingues.

Departamento: Informática

Setor: Ciências Exatas

Palavras-chave: Políticas públicas, Inovação e tecnologia, Classe burguesa

Área de Conhecimento: 70904006 - POLÍTICAS PÚBLICAS

A linha de pensamento tomada neste estudo baseia-se no referencial teórico-científico sócio histórico, em que a explicação dos fenômenos observados é dada pelas relações sociais construídas historicamente. O trabalho, ontologicamente concebido, traz consigo necessidade de certa organização social, surgindo o primeiro conceito chave para esta pesquisa, política. Essas relações geraram uma classe dominante e outra obediente. As contradições da luta dessas classes tomaram, no atual contexto social, a forma do capitalismo, em que o mundo das ideias é dominado pela hegemonia, na sociedade civil, e o direito, no Estado. Encontra-se o segundo conceito chave, público, o que é do Estado. A renovação, conceito apropriado e mercadologizado como inovação, mais uma ideia chave, é o rompimento da fronteira da tecnologia, o ultimo pensamento chave. Tecnologia não é o novo produto do mercado, e sim o nível de conhecimento teórico e prático de um povo. Dentro disso, atualmente, pode-se entender que as políticas públicas de inovação e tecnologia são para a classe burguesa. É então objetivo desta análise desvendar por que são, como são e como poderiam ser boladas as políticas públicas de inovação e tecnologia. A partir do entendimento de que a cultura é fruto das relações sociais e se situa no campo das ideias, que não deixa de ser dominado pela burguesia, é importante perceber que as políticas públicas, vistas culturalmente, também são voltadas aos interesses dessa classe, tirando o caráter puro do avanço tecnológico. Para o aumento do lucro a inovação caminhou junto com as mudanças do mercado, que reestruturou-se do fracassado taylorismo fordista para o ainda atual toyotismo, que subjetiva as relações de trabalho. Interpretando essa realidade como exclusiva do indivíduo, vê-se necessidade de mudança, para atingir o coletivo, que transforme o meio social. A partir da necessidade materialista histórica dialética cultural deve ser sintetizado o conhecimento teórico e prático e avançada a tecnologia. Essa mudança se dá concretamente a partir da renovação, que supera, incorporando, a inovação. Só assim o alcance da inovação será universal. Em algumas sociedades mais igualitárias, onde a inovação é para todos, nota-se um progresso na educação, no esporte, na saúde e na segurança, por exemplo. Em países com o capitalismo mais desenvolvido, e burguesia mais independente, as políticas públicas de inovação e tecnologia são mais avançadas, o que não reflete no bem estar da população. Conclui-se, portanto, que renovar, mais que inovar, é, de fato, transformar.

 

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