ESTUDO DA CORROSIVIDADE DA ÁGUA DO RIO TOCANTINS NA USINA HIDRELÉTRICA DE TUCURUÍ

Aluno de Iniciação Científica: Guilherme Arakaki Moschos (LACTEC)

Curso: Engenharia Química (MT)

Orientador: Cássio Morilla dos Santos

Co-Orientador: Marcos Antonio Coelho Berton

Departamento: LACTEC

Setor: Tecnologia

Palavras-chave: Corrosão, Polarização, Tucuruí

Área de Conhecimento: 10603026 - ELETROQUÍMICA

A Usina Hidrelétrica de Tucuruí, localizada no estado do Pará, apresenta importante papel na matriz energética brasileira. Por esta razão, o estudo dos processos de corrosão, tanto por ação química ou eletroquímica, envolvendo a deterioração de estruturas metálicas em contato com a água de reservatórios e afluentes do Rio Tocantins, que propiciam a geração de energia elétrica na usina, é fundamental e de grande interesse para que se possa garantir o funcionamento e integridade da usina como um todo. Para avaliar a corrosividade da água do reservatório da UHE-Tucuruí no sistema de arrefecimento das unidades geradoras, foram instaladas estações de corrosão (EC) para monitoramento em função do tempo. Nas EC foram instalados corpos-de-prova de aço carbono – SAE1020 (geometria cilíndrica com área ativa circular plana de 1,0 cm2) para serem realizadas medidas eletroquímicas “in-loco” e “in-situ”. As medidas foram realizadas a cada dois meses e os resultados apresentados referem-se ao período compreendido entre fevereiro de 2011 a maio de 2012. As estações de monitoramento foram instaladas em quatro diferentes pontos do sistema de resfriamento da unidade geradora UGH-6 e UGH-9. Uma EC foi instalada antes do sistema de injeção de produtos para controle de micro-organismos, outra após a unidade geradora, uma após o regulador de velocidade e a última EC antes do autotransformador. As medidas eletroquímicas foram realizadas utilizando um potenciostato/galvanostatoCompacStat™ da IviumTechnologies. As curvas de polarização foram realizadas aplicando uma varredura de 10 mV/s partindo de um potencial inicial de aproximadamente 300 mV mais negativo em relação ao potencial de circuito aberto até aproximadamente 300 mV mais positivo.A partir dos resultados foi possível observar que o potencial de corrosão dos corpos de prova de aço carbono SAE1020 se mostrou praticamente constante (-0,6V vs. ESC) entre o período de fevereiro á julho de 2011, porém a partir de setembro de 2011 até maio de 2012os valores de potencial de corrosão se mostraram menos negativos, oscilando entre -0,5 V a -0,4V.Com relação á taxa de corrosão, as análises demonstram que para os meses de fevereiro, maio, julho e setembro de 2011, a taxa de corrosão se manteve constante, em torno de 0,08mm/ano, já a partir de dezembro 2011 a maio de 2012 a taxa de corrosão apresentou valores crescentes de 0,09mm/ano até 0,12 mm/ano. 

 

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