TAXA DE DEGRADAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS EM COBRE E ALUMÍNIO, EM FUNÇÃO DA SALINIDADE NO SUDESTE DO BRASIL: ESTUDOS DE CASO EM SÃO PAUL

 

Aluno de Iniciação Científica: Mariana Fagundes dos Santos (LACTEC)

Curso: Química (MT)

Orientador: Kleber Franke Portella

Co-Orientador: Kelly Jacqueline Campos Brambilla

Colaborador: Dasio Roberto de Oliveira Junior , Luiz Fernando Souza

Departamento: LACTEC

Setor: Tecnologia

Palavras-chave: Corrosão, Alumínio, Cobre

Área de Conhecimento: 10603000 - FÍSICO-QUÍMIC

 

 

No Brasil, a estimativa de gastos relativos a corrosão está na faixa de US$ 15 bilhões/ano, podendo-se economizar 1/3 deste valor  mediante o uso de métodos de prevenção e controle. A pesquisa realizada consistiu em analisar a agressividade e corrosividade atmosférica em relação aos metais cobre, alumínio 6351 e alumínio naval, nas regiões metropolitanas de Campinas e Litoral Paulista. Para isto foi instalado de acordo com a norma ABNT NBR 6209, 6 estações de corrosividade atmosférica (ECAs), nas subestações (SE) sugeridas pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), de acordo com seus problemas encontrados. Sendo estas estações: Praia Grande, Cubatão, Parisi (região litorânea), Taquaral, Tanquinho e Carioba (região metropolitana). Em cada ECA, foi possível obter no período aproximado de um ano, a taxa média de corrosão dos metais, a partir dos teores de cloreto, de acordo com a norma ABNT NBR 6211, de sulfatação, pela norma ABNT NBR 6921 e material particulado, norma IEC\TS 6815-1, analisados em conjunto com dados metereológicos.  Em relação ao alumínio, a estação de Praia Grande se destacou por possuir uma maior taxa média de corrosão (3,41±1,7) mg/m2.dia. Para o Alumínio Naval, a maior taxa de corrosão observada foi em Cubatão, com média de (2,01±1,6) mg/m2.dia. Mas em relação aos dois tipos de metais, não foi possível observar grandes diferenças entre as taxas de corrosão, porém, o alumínio naval obteve menores taxas. Já para o Cobre, a maior agressividade se deu em Parisi, com média de (87,2±64,7) mg/m2.dia. A possível explicação para as ECAs, Parisi, Praia Grande e Cubatão, terem demonstrado ambientes mais agressivos aos metais analisados, poderia ser atribuído ao alto teor de íon cloreto, sulfatação e material particulado, obtidos nestes locais em relação as outras ECAs. Foi feito também um estudo de profundidade dos pites em pelo menos uma ECA, Parisi, onde pode-se observar que para o alumínio foram encontrados pites de até 70 µm, enquanto que para o alumínio naval o maior valor encontrado foi de 56 µm. Obtendo-se então uma profundidade de 70 µm, foi possível estimar para o alumínio uma previsão de 21 anos para a deterioração de pelo menos 75% do material. Desta forma foi possível concluir que as estações que mais se sobressaíram foram as de Cubatão, Praia Grande e Parisi, com as maiores taxas médias de corrosão. E em se tratando dos metais alumínio 6351 e o alumínio naval, não foi possível observar grandes diferenças entre seus desempenhos, nas regiões analisadas.

 

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