TAXA DE DEGRADAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS DE AÇO CARBONO, EM FUNÇÃO DA SALINIDADE NO SUDESTE DO BRASIL: ESTUDOS DE CASO NO LITORAL PAULISTA E CAMPINAS – SP

Aluno de Iniciação Científica: Dasio Roberto de Oliveira Junior (LACTEC)

Curso: Química (MT)

Orientador: Kleber Franke Portella

Co-Orientador: Kelly Jacqueline Campos Brambilla

Colaborador: Luiz Fernando Souza, Mariana Fagundes dos Santos

Departamento: LACTEC

Setor: Tecnologia

Palavras-chave: Taxa de corrosão, Aço carbono, Salinidade

Área de Conhecimento: 10603000 - FÍSICO-QUÍMICA

Aços carbono são materiais amplamente utilizados por vários fatores, porém possuem baixa performance em relação à corrosão. O projeto visou o estudo do desempenho do aço carbono 1020 na forma de placas e cilindros metálicos (cupons) expostos em estações de corrosividade atmosférica (ECA´s). Esta etapa do projeto refere-se ao segundo ano de estudo, compreendido entre julho de 2011 e abril de 2012. A localização das estações no estado de São Paulo compreendeu a região do litoral e a região de Campinas. As subestações de distribuição de energia pertencentes à Companhia Paulista de Força e Luz foram os locais das instalações das ECA´s e dos corpos de prova, de acordo com a norma NBR 6209. Também foram instalados coletores de poluentes atmosféricos (cloretos, dióxido de enxofre e material particulado) de acordo com as normas NBR 6211, 6921 e IEC/TS 60815-1, respectivamente. A instalação dos coletores teve como objetivo a quantificação desses poluentes, os quais influenciam no processo de degradação do aço carbono. A taxa de corrosão média de placas e cupons foi obtida de acordo com a norma ASTM G1:1990. Foi possível observar que as taxas de corrosão das estações da região do Litoral Paulista foram superiores às das estações da região de Campinas em pelo menos 2,5 vezes. Uma possível explicação para este fato seria que as taxas médias dos poluentes analisados, também foram maiores para região do Litoral Paulista, acelerando desta forma a velocidade de corrosão dos corpos de prova. Em uma análise comparativa da taxa de corrosão e dos poluentes entre todas as ECA´s estudadas, destacou-se a estação de Parisi (Litoral Paulista) sendo a proximidade a um grande pólo industrial, a principal possibilidade de influência nesta estação. No estudo dos cupons, verificou-se uma menor perda de massa se comparada à degradação das placas. A geometria dos cupons resultou em uma menor interação dos agentes agressores com o metal, provavelmente explicando essa menor degradação. Uma estimativa do tempo de vida útil das placas de pelo menos uma estação (Parisi) também foi realizada. Analisou-se a profundidade das cavidades resultantes do processo corrosivo tipo placas. Foram obtidas cavidades entre 0,08 e 0,73 mm, sendo possível estimar uma previsão de vida útil de 4 anos para a perda da espessura total da placa. Por fim, de uma forma geral, pode-se concluir que no período de estudo, a degradação do aço carbono 1020 das ECA´s da região do Litoral Paulista foi superior ao das ECA´s da região de Campinas tanto para as placas quanto para os cupons.

 

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