TMO no HC-UFPR: 30 anos de História e muitos avanços

Orientador: Prof° Dr. José Zanis Neto
(jzanisneto@gmail.com)

Alunas: Aline P. Pereira, Bárbara P. Lima e Priscila F. B. Bovo

CONTEXTUALIZAÇÃO -  histórico do Transplante de Medula Óssea (TMO) vêm se desenvolvendo desde o século XIX, sendo inicialmente utilizado para tratamento de leucemia, em 1981 e, em seguida, para algumas outras afeccções, mas com baixas taxas de sucesso.            Após a Segunda Guerra Mundial e com a caracterização dos antígenos leucocitários humanos (HLA), em 1961, a técnica ganhou grande impulso e as pesquisas e técnicas foram amplamente aprimoradas. No Brasil o pioneirismo na área ocorreu com os estudos realizados pelo Dr. Eurípedes Ferreira e seu grupo de pesquisa, no Hospital de Clínicas da UFPR. O primeiro transplante no Brasil foi realizado por este grupo, juntamente com Dr. Ricardo Pasquini e Dr José Zanis Neto, em 1979, tornando-se um marco mundial na área. OBJETIVOS - Recontar a História do Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO) do HC-UFPR, pioneiro do procedimento no Brasil, desde sua estruturação até o marco do centenário da UFPR. Relatar os avanços e inovações técnicas do procedimento ao longo destes 30 anos no STMO do HC-UFPR. Identificar os fatores que possibilitaram a melhora na sobrevida dos pacientes pós-transplantes ao longo do tempo. Evidenciar qual a incidência do TMO, os tipos e indicações mais frequentes no serviço. METODOLOGIA - Está sendo realizada uma extensa pesquisa em livros, artigos, internet e no banco de dados do Serviço. Além disso, foram entrevistados alguns personagens da época que possibilitaram o desenvolvimento do procedimento nesta instituição. PRINCIPAIS RESULTADOS - A pesquisa ainda está em andamento, havendo necessidade da continuidade da coleta de dados e entrevistas, além da avaliação e compilação dos dados obtidos. No período de outubro de 1979 até julho de 2011 foram realizados 2192 Transplantes de medula óssea (TMO) no STMO HC-UFPR, sendo atualmente responsável por aproximadamente 16% dos transplantes de alogênicos do País.  Inicialmente o Serviço se concentrava na realização de transplantes alogênicos HLA-idênticos com células oriundas de aspirado da medula óssea (85,9% dos TMO realizados). Com o tempo houve o aprimoramento  de novas técnicas, e em 1994 foi   realizado  o  primeiro  transplante  com   a mobilização celular para o sangue periférico por aférese (4,08%). Mais tarde iniciou-se a extração de células do cordão umbilical (9,79%). Houve nesse período evolução também no número de doenças com possível tratamento com controle com o TMO. Um dos principais avanços nesta área do conhecimento foi a descoberta dos antígenos leucocitários humanos, como já descrito. Além disso, outros fatores determinantes para a melhora da sobrevida dos pacientes pós-transplante foi o advento de novos antibióticos, novas drogas antifúngicas, antivirais e imunossupressores, em especial a ciclosporina, cujo advento em 1983 foi um marco no controle da rejeição e da doença do enxerto versus hospedeiro. Estes dados nos mostram resumidamente que o TMO é um procedimento bastante difícil, com muitas possibilidades    de   complicações, havendo ainda um  vasto  conhecimento  para  ser explorado. Esses 30 anos foram caracterizados por uma grande evolução e estruturação de um Serviço forte, com muito potencial e dedicação no aprimoramento do TMO, representando imenso valor para a prática médica mundialmente.

Palavras-chave:  transplante de medula óssea; Hospital de Clínicas; UFPR.

Pôster apresentado na 3ª SIEPE – 2011.