A HISTÓRIA DA CONTRACEPÇÃO EM 100 ANOS DA PRIMEIRA UNIVERSIDADE DO BRASIL

Coordenador do Projeto: Rosires Pereira de Andrade
Email do Coordenador do projeto: rosires@cerhfac.com.br

Bolsista(s) UFPR 100 anos: João Otávio Sorrilha Baladeli Vieira Marques

Co-Orientador/ Colaborador: Fernanda Cristina Cabral Coelho

A anticoncepção tem uma evolução milenar que se confunde com a história humana, encontrando-se entre as mais diversas culturas e sociedades do mundo, desde os primórdios dos tempos. Os aspectos demográficos e as condições econômicas de um povo foram e são os principais motivadores do agregado de informações e experiências que hoje temos a respeito da contracepção. Hipócrates (460-377 a.C.) já sabia que a semente da cenoura selvagem era capaz de prevenir a gravidez. Por outro lado, o uso de anticoncepcionais feitos de plantas naturais parece ter sido tão difundido na região do Mediterrâneo que, no século II a.C., Políbio escreveria que as “famílias gregas estavam limitando-se a ter apenas um ou dois filhos.”. Os antigos egípcios também utilizavam tampões vaginais ou tampas feitas de excremento de crocodilo, linho e folhas comprimidas para promover contracepção. No Brasil, os ideais de Planejamento Familiar – inteiramente ligados às intervenções sobre o crescimento populacional e ao uso de métodos contraceptivos – passaram a se difundir de maneira consistente entre os brasileiros através de teorias eunatalistas, durante a década de 70 e 80. Neste momento, tornava-se evidente o declínio da qualidade de vida dos cidadãos em virtude de um aumento populacional desequilibrado. Assim, com o auxílio do governo e de órgãos não governamentais, como a Bemfam, o Planejamento Familiar tomou força no Brasil em finais da década de 90 e apresenta-se no século XXI como uma das conquistas mais importantes para a família brasileira. Em especial, o descobrimento da pílula anticoncepcional oral, a partir da década de 60, trouxe grandes repercussões mundiais também em relação à construção dos ideais revolucionários femininos, possibilitando a liberdade de escolha das mulheres sobre o próprio corpo e autonomia para optarem por uma vida sexualmente ativa sem o risco de uma gravidez indesejada naquele momento. Neste contexto, a Universidade Federal do Paraná - nomeadamente Vitor F. do Amaral, prof. Rosires P. de Andrade e demais discentes do departamento de Reprodução Humana e Tocoginecologia - teve importância significativa neste processo de conquista e elaboração de condutas contraceptivas, além de participar ativamente de estudos a respeito de fármacos hormonais de cunho contraceptivo e ser propulsora de métodos inovadores de contracepção no âmbito da clínica hospitalar; tendo o Museu da Contracepção como principal exemplo deste trabalho histórico em nossa Universidade – este resgatado e difundido por meio deste Projeto, somado à elaboração do DVD da Contracepção.

Palavras-chave: Contracepção, Departamento de Reprodução Humana e Tocoginecologia, UFPR.

Trabalho apresentado na 3ª SIEPE – 2011.